quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Poema Eborense (pela altura em que os corvos pairam sobre os humilhados voluntários)

Santa ignorância. Abençoada ausência de pensar.
Quão fútil achas que consegues ser? (Achas que sabes ser fútil?)
Por quanto tempo divagarás pela inanimidade de ser humano?

Invejo, na verdade (aos domingos), essa tua diligência pela idiotice,
só porque as tuas questões não chegam sequer à natureza da alma.
Prefiro, no entanto, sofrer pensando a iludir-me sofrendo.

João M. Sousa 27/9/2010 évora