porque para além de poesia experimental também existem experiências poéticas ... todas as actividades de escrita estão em igual alcance do homem como ele deveria estar com a natureza ... aequum : equidade, imparcialidade, igualdade
sábado, 7 de janeiro de 2012
“corpos, meros vasos”
...é na poesia que esquartejo o meu corpo, dedo por dedo, perna por perna, braço por braço... depois todo o interior visceral até nada mais restar do meu corpo... até ao mero receptáculo vazio... destruo órgão por órgão na atitude mais contemplativa do belo... esvazio tudo em mim para que do nada renasça parte de mim outra vez, e destruo-me ainda com mais certezas... com o maior fulgor das bestas esmago cada pedaço do que sou à poça de sangue no chão de pedra... A pedra quente do sangue na noite fria de um adeus... ainda quente do sol que a aquecia... a pedra fria na noite gélida tremia o corpo... o corpo vazio morria a cada por do sol e eu, sem sangue nas veias a correr, preso ao corpo oco, já nem sentia; nada sentia de meu... e não sei como, mas a pedra aquecia o corpo vazio de mim... a pedra guardava ainda o calor do meu sangue... os corpos, vasos que guardam as noites e os dias... receptáculos da ilusão... marmitas do tempo... desapareceram, transformaram-se em pedra... mas pedra quente de sangue! Pedra quente do sangue derramado... pedra quente de mim...
o caminho era feito de pedra. consigo lembrar-me do cheiro da pedra em contacto com a chuva que nela bate vinda do céu. gostava de me lembrar do teu cheiro daqui por 4 anos, mas preciso desse tempo para me esquecer do cheiro. as rochas não tinham lugar onde a pedra do caminho trilhava os corpos. e os corpos eram meros vasos onde a pedra depositava o suor e a humidade dos séculos de caminho vão. queria tanto saber onde encontrar a luz dos teus olhos para secar a chuva nesta pedra, mas preciso dos olhos para não cair em falso.
entering the sistem já não vejo onde dar mais um passo, e não sei onde pousar o pé esquerdo failed parece-me que ainda sei como chegar a pé a tua casa. as pedras redondas e mal dispostas na calçada - prenúncio de um castelo de sonhos please press the reset button for five seconds o caminho ainda é feito de pedra. e eu consigo ainda lembrar-me do cheiro, e ainda sei como olhava para ambos os lados às duas da manhã com a rua deserta then press the on button and click DEL before entering the sistem again
volta de lá. mas fica por aqui.
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