terça-feira, 21 de maio de 2013

poema de comboio #19


garagem
desvio para Tires, à direita
mais tarde… para o lado adverso
a avenida 1º Dezembro
mais pequena que uma artéria perpendicular
“até amanhã!”
que simpatia a do motorista

stop!
al berto, onde estás?
porque é que compramos as obras
se não cabem na mala?

464
estou perto de chegar a casa
até quando for casa
até quando houver estrada
passamos nas passadeiras
à mesma velocidade que tu
e tu não cabes na mala também…

agente de fidelidade…
algo me soa tão traiçoeiro
no teu letreiro branco
o viaduto
a garagem ao lado do viaduto
e da rotunda

pedra
esgotos
saídas de água
desvios para Tires
que engano o nosso?
este, aqui no lado adverso.