quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

espero...

espero por ti…
há uma calma lenta
aquecendo o ar
deixando coladas as pálpebras
que se arrependem de abrir

o peso dos corpos
lentos, sobre as folhas
dos meus braços
ramos que se estendem
para além da cama,
deixa-se derreter

espero por ti…
não sei que horas são
nem porque não as sei
ou porque não sei saber

espero por mim…
eu serei quem falta:
o tempo passa e vou deixando
para trás as letras
as horas
os olhos
o calor
não sei