terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sim, festejamos,

festejamos porque é feita de festas a nossa escrita. porque é feita de tormentos a nossa frase última, profeta da próxima e das seguintes. porque é feita de sentimentos turvos e água tépida o calor com que as letras se juntam e as portas se deixam entreabertas.

festejamos porque são dias de festa todos aqueles em que nos tocamos com uma rima, com uma ausência de toque, com uma cor sublinhada, com um negrito elevado ao mar... porque é a cerveja que trocamos que nos exila para uma qualquer estância da existência em singular pluralidade.

porque os filhos da puta serão sempre filhos da puta, mas os gritos serão sempre mais altos.

e porque a indiferença e apatia têm de ser quebradas de alguma forma, e porque temos de começar por algum lado... que o AEQUUM seja o barco de um grito, que a Equidade seja a ponte para a experiência, para a concretização, para o comando das nossas vidas sobre o planeta e os seus dirigentes que nos querem escravos

não somos escravos e por isso festejamos

Temos dois Nunos, Temos um André com seu Rodrigo Antão, em busca da perfeição da métrica e a imperfeição da certeza; Temos um Vicente - exilado de si, rebelde de outro, pai de tanta frase e tanta harmonia em desespero com a dor que acalma os versos da imperfeição; , dois joões/juans sempre à escuta e à coca de algo mais. Temos uma Vanda, progenitora das noites sem ausência, das solidões acompanhadas de ondas e mar e contas de cabeça. Temos um Topê escondido entre as brumas das palavras fragmentadas, irmão da alma, irmão da palavra, cúmplice na desordem. Temos outro Nuno, mais longe e mais perto, esperando a sua vez de gritar connosco. Um Hélder tímido que as pedras que vê rolar pelo chão, as pontapeia num desabafo do fundo da metáfora; Um Ricardo à espera de um mesmo grito. Um Daniel perdido no Norte e encontrado no Mundo.
é na equidade que os produtos finais deixam de o ser e passam a ser mais uma ponte para toda a criação aqui gerada...

Queria, então, fazer uma sugestão urgente a todos este Poetas Cientistas Da Escrita que o AEQUUM aporta... Não desistam... a letra é a fórmula certa para a criação do grito...e o grito é a certeza de que somos os mesmos, mas melhores

E um pedido: muitos de vós já experimentaram colaborar nos projectos mirambulantes do colectivo PEBL e de outros projectos sediados entre Montemor/Évora/Tavira/Mundo... Queria agora pedir a cada um de vocês que escreva um breve texto dedicado, para que este seja explorado musicalmente por um projecto que em breve sairá pela rua... Queria também pedir que fosse cada um de vós a acompanhar a transformação desse texto, e quem lhe desse vida, talvez, um dia, num palco pequeno perto de todos... dúvidas podem pô-las nos comentários... mas duvido que as tenham


obrigado a todos os que têm participado e continuam a participar... o AEQUUM cá estará criando pontes entre as almas, entre os mundos, entras as diferentes concepções da vida e da morte, da água e da terra, da mente e do corpo.

um abraço forte e apertado a tod@s