sábado, 27 de abril de 2013

não-poema

matamos o Pai que se diz poeta e fodemos a Mãe que se diz poesia!: eis um poema edipiano!! a tua teta descia pela chaminé e eu chupava peles, nervos, sangue, gorduras... enchia-se a sala de carnes jorradas de cima e chupávamos todos o leite, a água, o vinho, o mijo, o suco... Habemos Petisco! Irrita-me a poesia, irrita-me a tua tia, irritam-me todas as palavras acabadas em –ia... Irrita-me o Pingo-doce!! Fode-te Pingo-doce! mais as tuas melodias... Desculpa Pingo-doce. Basta! Chega de poesia! Venha o Pingo-doce! Não é por mal querida, mas o teu capricho existencial fode-me o juízo. Tu sabes quanta carne tens que seduzir, esquartejar, amar, esventrar, foder, comer, tu sabes quanto de mim tens que matar para que te oiçam cantar em êxtases divinos... mas, Puta, eu não vim aqui para morrer!