quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

poema de comboio #56

olá breve comboio, breve banco
pequeno momento de vida
artificial, mas vida
“não chegámos a tempo à paragem”
nem acendemos a luz

olá nuvem, olá húmido bocejo do dia
não me interessa escorregar
mas estou mentalizado para a última picadela de luz
os meus olhos, perante a ausência de caminho,
serão guiados pelas quentes faíscas do carril

olá fácil destino
eu não conheço outra realidade
para além da veloz escalada até à morte
mas conheço