segunda-feira, 27 de junho de 2011

crónica

foi como se sonhasse fumegando a existência saltas-me do ecrã como se a vida fosse, afinal, virtual o ócio que fumega e entrei na mesma sala onde estiveras para reencontrar futuros antes sonhados. tudo em vão no mais puro vazio que existe entre o ponteiro dos segundos e os outros dois, acelerado e por instantes compatível acendendo um cigarro rastejei da porta de uma sala à outra, como se fosse eu o tempo que rasteja entre as cidades que deixamos fumando a vida até à morte [mas quem me disse que era assim?] deixamos e procuramos novos rumos sem nunca entrar na sala em que viveste morrer a cada fumo que exalamos e acreditei que estava mesmo onde querias, pré-visualizando as atitudes que eu conheço existem em intervalos de fumo as vidas que a morte deixou de parte [não me fodas, continuas sem saber que é assim?!] e quando por fim, no final do dia, vi escurecer o céu em sinal de finalização de uma árdua tarefa pessoal nascendo de manhã morrer-se-á de tarde? beijando o solo e o barro e a chuva, chorando sal derretendo o gelo da frieza, tranquei-me na tua sala, como quem está meio morte mas ainda pensa viver [estás vivo? estás tão gelado]