segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Janela

abro a janela nos olhos
retinas onde fixas estão as memórias dos risos
piscar de olhos, portadas ao vento batendo ritmos cardíacos
abro a menina dos olhos
e riu-me da expressão...facial da menina dos olhos
é a expressão das janelas quando estão escancaradas e deixam a chuva entrar.
abro as pestanas duas a duas
bem me quer...mal me quer...num inquérito à vida que passa
e as de cima tocam nas de baixo...as pestanas
e concluem que por vezes a vida bem nos quer...outras não
abro os olhos todos
e a chuva que está dentro dos olhos verte-se
os vidros dos olhos...salpicados...olham a rua
e num vai e vem eterno a vida desfila risonha ou triste...
só o verei se deixar o olhar à janela.

para o meu nómada João
V.

1 comentário:

  1. se houvesse maneira de chorar com as teclas ... :)

    adorei

    beijo

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