Sem títulos divagas entre a certeza de que nada é certo.
A cidade berra-nos aos ouvidos ... "quem és?"
Porra... é que não há objectivismo que nos valha.
sonharemos então ?! pois claro que sim...
... ai de quem me disser que o sonho é só sonho ...
e se for? aqui na palavra não desígnio ... nem certeza ... nem nada...
a solidão das palavras faz-nos então passear entre as ondas do silêncio desejado
mais tarde ou mais cedo fecharei os olhos vendo o sol queimado, nas pálpebras
e os fumos que nublam as luzes citadinas, serão faróis para os sonhos, para o mundo por nós criado.
o ser humano , já te disse em tempos , não se contenta com nada que o sol lhe possa dar
é triste...
tanta complicação para, no fundo, ser tão simples... antão? não é simples?!
...a palavra de ordem é "CAOS"
...a palavra objectiva é "ABSURDO"
João M. Sousa ... A Rodrigo Antão
talvez em 2009, talvez em Castelo Branco, talvez em Portugal
porque para além de poesia experimental também existem experiências poéticas ... todas as actividades de escrita estão em igual alcance do homem como ele deveria estar com a natureza ... aequum : equidade, imparcialidade, igualdade
domingo, 3 de outubro de 2010
(Sem título)
Não durmo.
Reviro-me na cama,
Cansado e tresloucado,
Imbuído na sombra daquilo que nunca fui.
Sonho acordado.
Oiço os carros na rua,
Numa cidade que não dorme
E que não me deixa a mim dormir.
O sono não vem.
Sinto passos no piso de cima,
Recordando-me de uma solidão que para mim escolhi.
A escuridão permanece e por mim vai passando.
Resolvo sucumbir aos encantos de um outro mundo.
E lembro-me que todos vamos morrendo aos poucos.
Rodrigo Antão [29 09 2009]
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