quinta-feira, 14 de julho de 2011

contacto

Finjo que os olhos não correm porta fora em lágrimas
O peito não se abre em vendavais
As mãos não gritam palmas de saudades

Finjo que o teu sorriso está aqui
Os teus poemas são todos para mim
As cordas do baixo vibram no meu plexo solar

Finjo que a Corunã é ali nas tílias
E nem me importo com as nuvens de tabaco
De repente é perfume e eu toco pianos de sorrisos


Finjo, tudo isto é vida de fingir que estou feliz
Até ao momento que mesmo que dure um só momento
Seja aquele que me cola perpetuamente o teu abraço
Ao resto dos meus dias