Descoberta a razão das fontes
resta-nos a transparência das suas águas,
a ausência das aves que nela bebem
o frio mármore que esculpe a forma transparente
com que fitamos o fundo,
guardador de lembranças e promessas
já antes desfeitas em carências de pares que se olham,
num indizível movimento de pestanas,
fugaz memória do amor que ali os trouxe num
sopro de indignação,
jurar a morte a quem ouse descobrir
o segredo das fontes.