Não durmo.
Reviro-me na cama,
Cansado e tresloucado,
Imbuído na sombra daquilo que nunca fui.
Sonho acordado.
Oiço os carros na rua,
Numa cidade que não dorme
E que não me deixa a mim dormir.
O sono não vem.
Sinto passos no piso de cima,
Recordando-me de uma solidão que para mim escolhi.
A escuridão permanece e por mim vai passando.
Resolvo sucumbir aos encantos de um outro mundo.
E lembro-me que todos vamos morrendo aos poucos.
Rodrigo Antão [29 09 2009]
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