O
poema…
A substância
que alimenta o corpo,
que
corrompe as águas espelhadas
(outrora)
beijadas e adoradas
pelo
seu próprio reflexo.
No
horizonte…
Avista-se
o rosto de uma jangada,
(um
espectro no cimo da parábola)
concebida
pelo tempo, pelo homem
e
pelo nada.
No
seu olhar,
uma
combustão de sentimentos,
(…)
loucura,
adrenalina, vertigem,
medo…
A
morte
navega
à bolina, num rumo sem fim,
de
mãos dadas com o mar.
O seu
leme
continua
rasgando o espelho,
rasurando
a palavra
nesta
inútil viagem de papel reciclado.
Marco
Mangas
@
Olhão, 28 de Janeiro de 2015