Soletrei
as pétalas da mentira,
as
lágrimas de sangue fingido,
o ócio
voraz, taciturno,
denunciado
pelo delírio de meus olhos,
sombra
de meu porto seguro,
precipício
das palavras impróprias
num fôlego abreviado,
existencial...
Ainda
permaneço encoberto
pelas
portas da metafísica,
metamorfoseando
a falácia da morte,
as
pétalas cruas e peculiares
da
sepultura de oiro.
Hoje
sou verso, sou vício,
sou
voz de um quadro,
pétalas
de sol e de fogo
que me
procuras...
Marco
Mangas @ 01 de Abril de 2015
(Quadro: acrílico s/ cartão, técnica mista @ Nuno Mangas Viegas)