sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Dilúculo



Admiro e soletro esta inquietude,
o nevoeiro da terra,
o caule das rosas,
a insensatez dos espinhos
que perfuram a carne branda,
exaltação do corpo,
pálpebras de uma tocha acesa,
espinhos de fogo,
devastação de madrugadas…

Há uma clareira, dilúculo,
gestação do medo,
outro dia,
o maior distúrbio dos horizontes,
a mesma rua vazia,
sangue derramado nas palavras,
adágio,
perfeição.

Marco Mangas @ 21 de Agosto de 2015

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