Admiro e soletro esta
inquietude,
o nevoeiro da terra,
o caule das rosas,
a insensatez dos espinhos
que perfuram a carne branda,
exaltação do corpo,
pálpebras de uma tocha
acesa,
espinhos de fogo,
devastação de madrugadas…
Há uma clareira, dilúculo,
gestação do medo,
outro dia,
o maior distúrbio dos
horizontes,
a mesma rua vazia,
sangue derramado nas
palavras,
adágio,
perfeição.
Marco Mangas @ 21 de Agosto
de 2015
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