sobre a sua face pálida, inundada de ares frios, pululava um fio de água oleosa - talvez com um breve fio de azeite a seu lado - que gentilmente lhe cedia cor ao rosto.
todos, pávidos, ficaram mirando tal acto da parte de seus co-habitantes. nunca ninguém estranhou tal coisa como hoje.
as suas vestes - antes negras - foram levemente tocadas pelos responsáveis por tal cerimónia e púrpuras se tornaram.
as chamas, sobre seus pés e pernas, mãos e braços, sem queimar cumpriram o papel de dar cor à pele que se escondia por baixo dos trapos vermelhos (já que a cara já a tinha de novo).
a pouco e pouco diminuia o grau de admiração. ao fim e ao cabo não é nem será a última vez que se baptiza um homem recém-morto numa alheia aldeia do imaginário humano.
façamos aldeias, pessoas, pedras, vales, olhemos para as cidades novas e inexistentes à primeira vista, à vista do homem que se recusa a ver tais baptismos em tais locais, quedemos como as paredes ao solpintadas, novos baptismos de chamas mansas, pois domadas pela palavra de um homem...
ResponderEliminarse esticasses o acontecimento a um conto ficaria algo muito próximo do imginário da cultura africana e eu gostaria de ler isso. abraço
assim farei quando a mente assim ditar
ResponderEliminarabraço grande e boa sorte para tudo