segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Não há.

O problema é que não corro mais que os passos, e tudo se resume a isso.
nem o binário, ou os 156 cavalos-vapor aumentam o rendimento.
desamarro gritos e palpitações e espero despedir-me da gravidade, de uma e de outra. As gravidades.
Agarro bem o que quero levar, mas não parto.
E nunca parti, mas um dia voltarei.
Talvez antes do outono, para ver o laranja das folhas.
"tens que ir(...) diz ele, "eu concordo!" diz a outra.
E ainda há mais uma que também apoia.
Mas acontece a perfeita engrenagem da apatia com o sedentarismo, e uma série de situações.
Sei lá se é o fado! Ou uma fase, ou o blues, ou o hip-hop.
Mecanismos de um pedaço de fraqueza feito vida.

4 comentários:

  1. laranjeira flor (tipico lugar comum da poesia portuguesa) - transformado num simple "flor da laranja". Espectacular...

    este texto bateu-me, mais que todos os outros.
    parabens josé, muito bom, mesmo

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  2. tomei a liverdade de o divulgar no facebook ... tenho andado a divulgar uns de vez em quando, numa de puxar novos leitores ao blog :)
    ok?
    abraçom

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  3. sempre a ir mais além, pelo menos nas palavras! Muito bom!

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