quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Podia ser assim.

Quero um copo vazio, e uma mão levantada.
Quero um poeta aceso, e uma luta suada.
Quero um sonho vivido, e uma vida sem nada.
Quero ter a certeza, e um escudo sem espada.
Quero de novo a sacola, e os bichos-de-seda.
Quero um ruído de fundo, e um fundo violeta.
Quero ir a teu lado, quero um novo caminho.
Quero dias nublados, quero ficar sozinho.
Quero sentir, quero contemplar, quero partir, e ficar.
Quero um abraço demorado, e ficar assim.
Quero chegar atrasado, quando chegar o fim.

4 comentários:

  1. Com a tua licença, amigo Helder, envio estes versos na minha carta aos reis mágicos. Para já, minha prece antes de deitar e logo que acordar. Ouvimo-nos!

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  2. Amigo! Estou estúpidofactus! (em latim)
    Agora a sério: estou cada vez mais viciado nos teus textos!
    Cada post teu é um capítulo de um livro daqueles que nos prende a ler e quase nos obriga a não deixar os olhos fechar, para ler mais um capítulo, só mais um capítulo.
    Parece que as entranhas saltam do livro para abraçar as nossas entranhas... parece que me dá vontade de gritar estas palavras contra o livro, dizer-lhe que acabe por que quero uma sequela, porque quero mudar-lhe o desenlance, porque quero acrescentar-lhe personagens!
    que cuarai!

    boas festas (no lombo!)

    quero cantar isto!

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  3. Gostei bastante. Além de músico, temos escritor! E se ainda quiseres ter bichos da seda, tens a vida toda para isso, acredita!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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