tinha quatro olhos brilhantes,
e as faces rosadas
que os bancos da secundária deixaram queimar
entre o sono
tinha seis cordas desafinadas,
em busca da afinação que o aparelho não sabe registar
que os tons do trilho deixaram soar
entre o sonho
tinha duas pernas cheias de força
bamboledas entre a única corda do berimbau
e os dois tons entre a pedra e o tom mudo
que só deixavam pulular o salto derradeira na alma entre as névoas
entre os Sonhos
um só grito entre duas almas
e a terceira que perdida ficou
são as coisas que as pedras dos rios trazem quando não saltam e fazem círculos
entre os lagos
entre os pântanos
entre o Sono
o vinho que nunca bebeu
o cigarro que nunca fumou
o fumo que faz dores de cabeça
o piano que faz dores de pulso
a bicicleta que teima em mandá-lo contra um poste
e a roupa cheia de riscas
cheia de sonhos
eu e a minha mania das elegias!
ResponderEliminaré o diálogo poético amig@s é o diálogo poético a fervilhar-me nas veias!