Eram corpos e ventos. E havia luz.
A luz dos olhos que olham com um olhar cintilante.
Numa sala vazia de quase tudo menos incerteza, onde reinava a confusão.
Saltitavam horrores e prazeres e emoções que nunca foram tuas.
Com mãos de cordas de guitarra, aquela que toca sem nada alcançar,
fez um gesto melódico, um gesto que de pouco adiantou.
Não havia propagação ou retorno, nem reverberação ou resposta.
Pelo que soou, perturbou e desvaneceu.
Havia um cheiro, cheirava a terra molhada e a café.
Os pés descalços e as mãos frias, agitados por natureza, eram agora calmos e pacientes.
E assim ficaram até tudo terminar.
Agora continuam corpos e ventos. Mas há menos luz.
consegui cheirar a terra húmida... a dos terrenos e a de alcatrão...
ResponderEliminarACENDE A LUZ ...
Gostei imenso! nice one!