…
São os versos que restam
De um poema inacabado,
Que nunca teve
princípio,
Presença de estrofes,
Palavras…
De madrugada,
Acordou o seu fim,
Sem conclusão alguma,
Ausência de pontuações,
Adjectivos, pronomes,
Somente:
As pálpebras abertas
de um quadro pintado…
…De um poema que não dorme…
…
Marco Mangas @ 16 de Janeiro
de 2013
Ora uma excelente apresentação. Bem vindo ao blogue/grupo informal/desfuncional do AEQUUM...
ResponderEliminarEra esta estreia começa com extremo silêncio, uma macha gráfica de ausência até ao primeiro verso. Primeiro verso esse que é vários primeiros versos.... de poemas que nunca existiram...
Parece-me que podem ser esses mesmos os poemas que melhor nos soam... que melhor expelimos das entranhas... Os poemas impossíveis... Indizíveis.
O poema que não dorme? Não será também o poema que não deixa dormir?
Tenho acompanhado periodicamente os teus "Devaneios de alguém..." e não me é estranha a tua voz. Julgo que residem nestas palavras promessas de loucura típicas dos enfermos da letra.
Verás como neste blogue todos padecemos de algo... quando mais não seja da impossibilidade de estarmos para além do ler-nos...
Meus caros... Eis um novo membro... Nova voz para se ler...
Tem colaborado já na revista e tem-se oferecido para as tarefas mais árduas da mesma... sua paginação ou divulgação. (Sim, eu sei que está atrasada... mas já estamos em vias de paginar a 4)
Um abraço Marco
Deixo comentários aos restantes...
Heis uma observação bastante válida e bem argumentada...
EliminarMas estamos a falar de que poema? Ah... aquele que não dorme nem deixa dormir!
Ainda há pouco, passou ali um louco "cunha botella" na mão, cujo poema lá seguia, em busca de outro verso, em busca do seu início... Infinito e absoluto no seu eterno percurso.
Grande abraço a todos e bons devaneios
umha botelha é sempre bem vida... para saltarem uns versos valentes dos poros para o papel...
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