activei o sonho
diário nas conchas que esperam o sol entre o fim do caminho de terra e o meio
do centro de emprego da tua zona predilecta
abc calculado
nas raias da nuvem sonhada – mais que um abc, um abcd de absolutamente nada – as
regras do nada para o tudo onde poderemos dizer ‘ya’ sem que ninguém não olhe
de lado
tantos lugares
minha senhora e mesmo assim teria de ser ao meu lado onde os rabiscos escritos
no banco não são azuis mas sim cor-de-nada
lá fora a
paisagem cá dentro o murmúrio da máquina e das gentes caladas pelo ‘punk rock’
quase progressivo que me grita nos ouvidos
está activo o
sonho e está no lugar da frente no lugar em frente ao meu no lugar defronte ao
nosso e tu esperas pela próxima linha como quem chama sem som como quem soa a
silêncio e silencia o comboio
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